Eu e a Copinha Virtual de Salto

Eu e a Copinha

Como a Copinha pode ajudar você a encontrar situações que não estão sendo observadas e preparar você para participar de uma prova, afinal ir para provas tem custo, isso além do julgamento técnico para apoiar sua evolução.

Não sou nenhuma criança e comecei a montar com 49 anos, hoje com 62 e com algumas partes do corpo desgastadas por outros esportes, praticar hipismo salto é um agradável desafio, coisa que me dediquei mais nos últimos 6 anos.

Copinha Virtual de Salto Clube do Hipismo

Já há um ano perdi meu cavalo, morreu, e “atletas” como eu se acostumam com um único cavalo (eu acho), pois passam a conhecer bem suas reações e assim reduzir as chances de uma eventual queda, além do fato que formam um conjunto “inseparável”.

De lá para cá, vim tentando me adaptar a outros, até que reciclamos os cavalos da família, minha neta me deu o dela, minha filha passou o dela para minha neta e começou a trabalhar uma égua para ela.

Aqui começa a Copinha para mim, meu cavalo Passieur JMen, como eu, não é “novinho”, portanto, há um entendimento mútuo de limitações.

Também tem o aspecto da montada ser totalmente diferente do meu cavalo que morreu, portanto requer adaptações, que são mais complicadas quando não se é experiente e tem certa idade (vícios), por exemplo: meu outro cavalo quando olhava o obstáculo ele “queria pular”, aí era só controlar a distância confiando que não haveria refugo (se bem que por precaução, monto com pé um pouco a frente), já meu novo cavalo, não tem ou estava sem essa vontade.

Como estamos em fase de adaptação e não me arrisco mais a pular mais que 90 cm, começamos a Copinha (etapa 1) com 60 cm (lembrando, para mim é só diversão), e foi tudo bem, podemos considerar, mas na primeira gravação tive um refugo, que é a primeira filmagem do deu RUIM da copinha.

Na etapa seguinte, resolvemos subir para 80 cm, bom aí complicou, não pela altura, mas sim por algo que estava errado, comigo e com ele.

Eu com minha “testosterona” forçando-o, e ele me mandando mensagens de que “não estava a fim”, não deu outra, treinando em um oxer, “comprei um teco de terra”, não foi refugo, forcei quando ele estava quase parando e tomei uma carregada.

Resultado, a segunda etapa da Copinha acabou aí para mim, cai bem, não quebrei nada, nem tive problemas com a batida no chão, mas contraí minha musculatura de tal forma que demorou uma semana para reduzir a dor.

Mas a Copinha nos ajudou a entender melhor o que estava havendo com meu cavalo, até porque nós só estávamos treinando, dando uns pulinhos, mas não fazendo pistas, ou seja, ambos estávamos acomodados, não havia motivação.

Fizemos ajustes na alimentação dele, apesar de ser idêntica à dos outros cavalos, a dele estava necessitando de ajustes, um pouco de descanso, ele sempre fica solto nas dependência da hípica, o dia todo e não dorme na baia, tem vida de cavalo, gosta da liberdade, e espaço não falta onde ele está.

Voltamos na etapa 3, foi uma pista horrível, eu inseguro, pois não tinha treinado para entender como ele estava e ele já mostrando sua melhora, mas ainda necessitando ser empurrado.

Hoje, ainda não fizemos a pista da quarta etapa, mas nos treinos ele já olha o obstáculo e quer saltar, uma mudança de atitude, a Copinha nos ajudou a entender que tínhamos que dar mais atenção ao Passieur, agora ele já está respondendo, sente vontade de pular, então vamos começar novamente em 60 cm e vamos evoluir.

Essa é a razão da existência da Copinha, ajudar todos os praticantes da evoluir, conhecer seus problemas e resolver, aí se for para uma competição, não jogar o dinheiro gasto no “lixo”, afinal competir tem custo.

Marco Vidal

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