Sempre tive cavalos no estado de São Paulo, onde as regras são, na minha opinião, rígidas e corretas quanto ao transporte de equinos. Além disso, os cavalos utilizados em competições de hipismo, que é o meu caso, normalmente têm um controle muito maior.
Durante um período tivemos nossos cavalos estabulados em SC e, tirando a região de Florianópolis, e eu estava em Camboriú, testemunhei um total desleixo dos pequenos locais de estabulagem no que se diz respeito a segurança sanitária, isso com uma portaria correta em vigor, felizmente hoje estamos de volta a SP.
Lá vi pequenos eventos que eram realizados, cavalos chegando e nenhuma atenção com relação a exames.
Nossos cavalos, por não pertencerem a esse tipo de evento, sempre estiveram apartados e estabulados separadamente.
Agora, com a efetiva liberação da movimentação dos cavalos sem exame de mormo, vejo que um eventual problema sanitário poderá efetivamente ocorrer e espero que os estados se tornem mais rígidos com relação a animais provenientes das regiões onde o exame não é uma exigência, mas mesmo assim a doença pode se espalhar:
“no dia 30 de junho de 2023, no Diário Oficial da União, a Portaria Mapa n.º 593, que revoga e modifica dispositivos da Instrução Normativa n.º 06, de 16 de janeiro de 2018. A partir da data da publicação, o Mapa deixa de exigir o exame negativo de mormo, para trânsito de equídeos. Esta Portaria tem efeito imediato e libera o trânsito de equinos sem exame negativo de mormo, dentro do Estado de Santa Catarina e também em outras Unidades da Federação, com exceção de alguns Estados que possuem legislação própria.”
Na mesma portaria existe uma nota: “Atenção: O animal pode estar sorologicamente positivo e não ter sinais clínicos aparentes e recomenda-se sempre a realização dos exames para a aquisição.”
Ou seja, se antes com uma portaria obrigando o exame já não se respeitava, hoje os animais podem estar em trânsito contaminados sem qualquer exame, a própria Agência admite.
Cidasc orienta criadores de equinos sobre a nova Portaria Mapa n.º 593/2023 para a doença de mormo
Mormo é uma doença infecciosa que afeta principalmente cavalos e pode ser transmitida para outros animais e humanos.
Sim, é possível curar um cavalo infectado com mormo, porém o tratamento deve ser feito por um médico veterinário especializado e pode ser bastante longo e dispendioso.
O tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos específicos e medidas de controle sanitário para evitar a disseminação da doença.
É importante ressaltar que o mormo é uma doença de notificação obrigatória às autoridades sanitárias, sendo necessário tomar medidas de prevenção e controle para evitar sua propagação.
A doença também pode ter um impacto econômico significativo na indústria equina, já que os animais infectados podem precisar ser isolados ou sacrificados para evitar a disseminação da doença.
Por esses motivos, é importante tomar medidas preventivas e de controle para evitar a propagação do mormo.
Marco Vidal
Cavaleiro desde 2007, pai e avô de atletas de hipismo salto, proprietário de cavalo, criador do site Clube do Hipismo, coordenador do Thaty Aulas equitação.
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