Comecei a montar muito tarde, mas antes tarde do que nunca, por volta dos meus 48 anos, portanto monto a 13. Como uma criança, ganhei meu cavalo e descobri o quanto é importante a amizade que construímos.
Sou um cara urbano, realmente urbano, pois moro na cidade de São Paulo, onde nasci, senão no centro da cidade, há poucos quilômetros dele, nasci e cresci, ou seja, respirei gás carbônico sempre e o verde que via era nos parques.
Minha filha é uma aficionada em animais em especial cavalos, ela também começou tarde, com 13 anos e desse mundo nunca mais saiu, mas essa não é a história dela, porém é por culta ou mérito dela que eu entrei.
Continuo em São Paulo e tenho meu cavalo em uma hípica próxima, monto com uma frequência de 2 a 3 dias por semana, e é como ir ao analista, fazer academia, ter um personal trainer e um massagista, tudo em um único amigo.
Então para terminar o ano vai a
Oração do Cavalo (autor desconhecido)
Ao meu amo, ofereço a minha oração:
Dá-me comida e cuida de mim,
e quando a jornada terminar
Dá-me abrigo, uma cama limpa e seca
e uma baia ampla para descansar em conforto.
Fala comigo, tua voz muitas vezes
significa para mim o mesmo que as rédeas.
Afaga-me às vezes para que te possa servir
com mais alegria e aprenda te amar.
Não maltrate minha boca com o freio
e não me faças correr ou subir um morro.
Nunca, eu te suplico, me agridas ou
me espanques quando não entender
o que queres de mim,
mas dá-me uma oportunidade de te compreender.
E, quando não for obediente ao teu comando,
vê se algo não está correto nos
meus arreios, ou maltratando meus membros.
E, finalmente, quando a minha utilidade
se acabar, não me deixes morrer de frio
ou à míngua nem me vendas para alguém cruel
para morrer lentamente torturado ou morrer de fome.
Mas bondosamente, meu amo, sacrifica-me
tu mesmo e teu Deus te recompensáreis para sempre.
Não me julgues irreverente se te peço isto,
em nome D´Aquele que também nasceu num estábulo!
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