A quarta-feira, 1/11, foi dia de decisão por equipes na modalidade Salto nos Pan-americano Santiago 2023, em Quillota, sede do hipismo nos Jogos. O Time Brasil arrematou a medalha de bronze.
Os EUA foram ouro e a prata coube ao Canadá, com o resultado ambos os paÃses garantiram a qualificação de seus paÃses Paris 2024. O paÃs medalha bronze também tem direito à vaga, mas Brasil já estava qualificado e assim o passaporte olÃmpico ficou com o México que fechou a competição por equipes em 4º lugar.
A disputa conforme a regra se deu sob dois percursos idênticos idealizados pela course-designer internacional brasileira Marina Azevedo, primeira mulher na história dos Jogos armar as provas de Salto. A disputa foi emocionante até final e no 2º percurso o Brasil precisava de três percursos sem faltas para garantir o ouro na briga direta com os EUA porém, ao final, bateu na trave e o Brasil foi bronze, totalizando 20,32 pontos perdidos, com duas faltas (8 pontos) do último conjunto em pista Rodrigo Pessoa e Major Tom, cavalo de 10 anos, que está disputando seu primeiro campeonato. Os EUA foram ouro, 12,37 pp, e o Canadá, prata, 17,62 pp.
O Brasil largou pela ordem com Pedro Veniss e Nimrod de Muze Z que cometeu uma falta no primeiro percurso, zerou o 2º e com resultado do 1º dia em que foi 2º colocado, segue com 4,26 pp, ocupando o 4º lugar individual rumo à final individual. Já Marlon Zanotelli com Deese de Coquerie, vencedor da 1ª prova, não teve um bom dia fechando com 21 pp no primeiro percurso e desistência no 2º. Com duplo zero, ou seja, dois percursos sem faltas, Stephan montando Chevaux Primavera Império EgÃpcio, égua de criação nacional de 11 anos, foi o melhor resultado brasileiro na Copa das Nações e vem em 3º lugar no campeonato, totalizando 4,06 pp. Rodrigo e Tom Major que cometeu uma falta no primeiro percurso e duas no 2º, totalizou 16,55 pp, fechando na 21ª colocação após a 2ª parcial.Â
Com a palavra o Time Brasil de Salto
Stephan, 34, que disputa seu primeiro Pan e está em 3º rumo à final individual, comentou a atuação. “Hoje não foi o dia da equipe. Tivemos fortes e unidos, acho que o ambiente foi espetacular. Para mim é uma super experiência, consegui um duplo zero que me qualificou para a final. Seguimos e na sexta vamos lutar juntos para buscar um pódio”, destacou Stephan.
Para Pedro, dono de dois ouros por equipes em Pan-americanos Rio 2007 e Lima 2019, “foi uma pena, porque estávamos perto do ouro. Mas conseguimos uma medalha. Nossa equipe esteve unida o tempo todo, agora descansar amanhã e estar concentrado para final.”
Marlon, o medalhista de ouro por equipes e individual em Lima 2019, não escondeu sua decepção. “Foi um dia difÃcil para mim colocando equipe na situação que coloquei. Mas nos mantivemos unidos e tentando dar o apoio do lado de fora. Conseguimos o bronze, um pouquinho gosto salgado, nossa esperança era ouro mas o esporte é assim.
Finalmente Rodrigo, ouro por equipes Pan Mar del Plata 1995, ouro por equipe e prata individual no Pan Rio 2007, prata equipes por equipes em Guadalajara 2011, habilitou-se para final individual, mas deve poupar seu cavalo. “Tinhamos uma esperança boa, os cavalos todos saltando bem. Infelizmente hoje, por diversos motivos, não fomos como a gente esperava. Mas a competição é assim, sempre aprendemos com nossos erros e voltar melhor da próxima vez!”
Colaboração: Carola May e Rute AraujoÂ
Clube do Hipismo é uma publicação focada em esportes equestres e no mundo do cavalo.
Foi criado em 2007 por pura diversão, mas se tornou uma paixão para seus fundadores.
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