Estreando em GPs com Feel Good VO, João Victor garantiu duas vitórias e o estreante Renderson Oliveira com Fogoso Campline fecha com um vice e 7º lugar. Ambos garantiram índices em busca de uma vaga no Time Brasil de Adestramento no Pan-americano 2023.
O cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano João Victor Marcari Oliva montando Feel Good VO em 1º e Renderson Oliveira com Fogoso Campline empatado em 2º fizeram a festa no GP Special do Concurso de Dressage Internacional (CDI3*) em Cascais, Portugal, neste domingo, 19/2, prova que reuniu os 13 melhores conjuntos do GP, disputado em 18/2, e representantes de sete países.
Foi o segundo dia de vitória de João Victor e Feel Good VO, garanhão warmblood criado pelo cavaleiro e seu pai, Victor Oliva, na Alemanha. No GP Special o conjunto registrou 71,340% de nota média final, superando a do GP do dia anterior quando venceu com 69,782% e assegurou o 1º índice com esta montaria rumo aos Jogos Panamericanos de Santiago, em outubro.
Na avaliação individual, a nota mais alta, 74,149% foi atribuída por Peter Holler, da Alemanha, juíz 5* da Federação Equestre Internacional (FEI). Os outros dois juízes FEI5* atribuíram à dupla as notas: 73,085% do italiano Vinzenzo Truppa e 67,234% do holandês Eduard de Wolff van Westerrode. Os dois juízes FEI4* avaliaram a dupla com as notas: 71,596% de Frederico Pinteus, de Portugal, e 70,638% do argelino Fouad Hasmoud.
“Estou muito contente com o cavalo que se comportou muito bem como se estivesse em casa. Ele estava com energia, disposto a se apresentar, escutando bem as ajudas. É um cavalo que eu conheço muito bem, porque fui eu que o domei, então nossa conexão é muito boa. O Feel Good é muito jovem e, creio, vai dar muitas felicidades daqui pra frente”, comentou o atleta que fez subir a bandeira brasileira e tocar o Hino Nacional por duas vezes nas principais provas do CDI3* de Cascais.
O posto de vice-campeão no pódio foi ocupado por Renderson Oliveira que montando o Puro Sangue Lusitano Fogoso Campline fez uma excelente apresentação cravando 70,234% em sua estréia internacional e em um Big Tour no circuito europeu. Renderson empatou com o português Vasco Godinho montando Iranico que também garantiu 70,234%.
“Fumaça”, apelido carinhoso do atleta de 30 anos, no GP , em 18/2, registrou 67,957% e também garantiu um 1º índice em busca de uma vaga no an de Santiago.
Fogoso Campline, montaria de Renderson, foi o único representante do Puro Sangue Lusitano na final individual nos Jogos de Tóquio, quando montado por Rodrigo Torres no Freestyle registrou nota histórica para a raça, 78,493%.
Renderson Oliveira e João Victor Oliva integram o Horse Campline Team, em Portugal, projeto idealizado por Thiago Mantovani que tem como objetivo a formação de conjuntos de alta performance para a Dressage com foco em Olimpíadas, Mundiais, Panamericanos etc.
Trajetória impar
Curiosamente, Renderson se tornou cavaleiro profissional por incentivo e apoio de João Victor e seu pai Victor Oliva quando trabalhava como cavalariço no haras dos Oliva, a Coudelaria Ilha Verde, em Araçoiaba da Serra (SP), e para onde foi levado por Rogério Clementino, também formado na coudelaria e que veio a se tornar medalhista panamericano e a intergrar equipe olímpica. Acompanhando João Victor na Europa, Renderson morou na Alemanha e em Portugal e além de ser treinado por seu incentivador também passou a ser orientado por Norbert van Laak, renomado treinador alemão e atual técnico do Time Brasil contratado pela Conferderação Brasileira de Hipismo (CBH).
Emocionado com a conquista do “pupilo”, João Victor declarou: “Fiquei muito feliz de ver o Renderson competindo, eu acho que ele foi muito bem, uma apresentação muito positiva. É o começo de um grande conjunto, tenho certeza disso, que vai dar muitas felicidades para nossa equipe e o Brasil.”
Colaboração: Carola May, Rute Araújo e Natasha Simonato
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