Um Mundial histórico para o Brasil no Hipismo Adestramento com João Victor Marcari Oliva

João Victor e Escorial Horsecampline, recordes e melhor latino-americano (Luis Ruas)

No primeiro Grand Prix Special do Brasil em Mundiais, o cavaleiro João Victor Marcari Oliva montando o lusitano Escorial Horsecampline se emocionou com o feito inédito: atingiu a média final de 73,313% no Grand Prix Special, em mais um recorde de aproveitamento em dois dias. O primeiro foi no Grand Prix, em 7/8, com 72,112%.  “Estou muito feliz. Meu cavalo está mostrando o melhor dele e eu também estou dando meu máximo. Trabalhamos para isso e agora estamos colhendo o fruto do nosso trabalho”, comemorou o atleta.


Repercussão – O desempenho do único latino-americano no Grand Special, valendo medalha, mereceu elogios de comentaristas internacionais durante a transmissão das provas, e entre os mais entusiasmados estava o medalhista olímpico britânico Carl Hester na ClipMyHorse.TV, canal oficial da Federação Equestre Internacional (FEI), que elogiou o piaffe do cavaleiro brasileiro e sugerindo que “o conjunto merecia a nota 9 de todos os sete juízes, e não de apenas dois”.

A juíza brasileira FEI4* Claudia Mesquita, que fez os comentários na transmissão do Canal olímpico do Brasil, também foi toda elogios com o cavaleiro que ela acompanha desde a estreia nas pistas: “O João fez uma bela apresentação que só vem a demonstrar todo o trabalho e foco que ele tem tido junto com seu time. É um resultado muito expressivo para ele e o Brasil”, disse. “O desempenho do João foi elogiado por grandes nomes do esporte, com um pouquinho mais de sorte estaríamos na Final do Freestyle”, comentou Sérgio Fiori, diretor de Adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).

O GP Special contou com a participação dos 30 melhores conjuntos do Grand Prix, quando 93 duplas de 34 países competiram dias 6 e 7/8. Valendo medalha e vaga para a final individual para os 15 melhores resultados, o GP Special foi representado por amazonas e cavaleiros de 14 países. João Victor foi o único atleta da América Latina e se posicionou em 21º lugar. “Não fomos para a final, mas estamos indo embora com muita alegria porque viemos e cumprimos nosso objetivo. Estou muito feliz com o meu cavalo, minha equipe e o resultado.

No pódio do GP Special, a medalha de ouro ficou para a britânica Charlotte Fry montando Glamourdale com a nota média final de 82,508%, a prata ficou para a dinamarquesa Cathrine Laudrup-Dufour com Vamos Amigos (81,322%), vencedora do Grand Prix no dia anterior, e o bronze foi para a holandesa Dinja van Liere montando Hermes (78,407%).

João Victor e Escorial Horsecampline, recordes e melhor latino-americano (Luis Ruas)
João Victor e Escorial Horsecampline, recordes e melhor latino-americano (Luis Ruas)

Para João Victor Oliva, 26 anos, que já era dono dos dois melhores resultados do Brasil no GP em Mundiais e em Olimpíadas, nos Jogos de Tóquio, “a tendência é sempre melhorar. É lógico que de vez em quando, não sou só eu, mas todos os cavaleiros, damos um passo para traz para dar dois para frente. Então, agora, é nas próximas tentar manter, não desanimar e aprender com os erros. Graças a Deus aqui no Mundial a gente conseguiu o nosso melhor ou quase o nosso melhor”, finalizou.

O pódio do GP Freestyle (coreografia com música), acontece na quarta-feira, 10, com os top 15 da elite da modalidade, entre campeões olímpicos, mundiais, europeus e líderes do ranking.

Acompanhe os resultados do Mundial 2022

Colaboração – Carola May e Rute Araujo

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