O Brasil estreou na modalidade em 1948, depois retornou somente em 1992 e o 6º lugar em Sydney 2020 foi a melhor colocação do Time Brasil nos Jogos. Carlos Parro, Marcelo Tosi, Rafael Losano e Marcio Appel (reserva) estão a postos nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Competição vai de 29/7 (BSB) até 2/8
O Concurso Completo de Equitação (CCE) – considerado um triatlo equestre reunindo as modalidades adestramento, cross-country e salto – passou a fazer parte da programação olímpica nos Jogos de Estocolmo, na Suécia, em 1912, uma edição depois da estreia do Salto.
Passadas nove edições, o Brasil fez sua estreia na modalidade nos Jogos de Londres, em 1948, com time formado apenas por militares: os capitães Aécio Marrot Coelho/Guapo, Anísio Rocha/Sahib e Renyldo Ferreira/Índio. Completou o time o general Edgar Amaral, chefe de equipe, e o capitão Darcy Villaça como veterinário. Às vésperas da estréia foi feita uma improvisada troca dos cavalos: Guapo, montaria de Eloy Meneses – que competia no Salto – foi cedida para Aécio Marrote Coelho, enquanto Menezes montou Sabu, o cavalo reserva. A substituição foi acertada e Aécio/Guapo entrariam para a história da modalidade no país ao conquistar o 7º lugar, melhor resultado individual do Brasil até o momento.
Passaram-se 44 anos, e outras dez Olimpíadas, para o retorno de representantes brasileiros do CCE ao palco Olímpico nos Jogos de Barcelona, na Espanha, em 1992, com Serguei (Guega) Fofanoff montando Éden e Luciano Miranda Drubi com Xilena.
Nos Jogos de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996, o Brasil ficou em 13º lugar por equipe, voltando a integrar o time os conjuntos Guega Fofanoff/Éden e Luciano Miranda Drubi/Xilena que tiveram como companheiros de time Sidney de Souza/Avalon da Mata e André Giovanini/Al do Beto.
Nos Jogos de Sydney, Austrália, em 2000, o Brasil conquistou seu melhor resultado da modalidade em Olimpíadas até o momento: 6º lugar por equipe com time formado por Guega Fofanoff/Rose, Gustavo Pagoto/Amazonian, Luís Augusto (Guto Faria)/Hunefer e Vicente Araújo Neto/Tévere. O técnico foi Marcelo Tosi, cavaleiro que compete nos Jogos de Tóquio. Disputando o título individual estiveram Carlos Eduardo Paro/Feline e Roberto Carvalho de Macedo que montando Fricote sofreu uma queda.
Nos Jogos de Atenas, na Grécia, em 2004, o Brasil ficou em 11º lugar com o time só de estreantes formado pelos conjuntos: Raul Senna/Super Rocky, Rafael Gouveia Jr/EHK Mozart, Sérgio Marins/Vallee Rally, André Paro/Land Heir e Remo Tellini/Special Reserver com Paulo Eduardo Limongi/Planetarius JMen na reserva e como técnico o escocês Ian Starks, dono de quatro pratas olímpicas que treinou o time um mês antes da competição.
Nos Jogos de Pequim (Hong Kong), em 2008, o Brasil ficou em 10º lugar por equipe. André Paro/Land Heir voltou às pistas olímpicas ao lado do Ten.Cel. Jeferson Sgnaolin/Escudeiro do Rincão, Saulo Tristão/Totsie e Marcelo Tosi/Super Rocky. Tosi, técnico nos Jogos de Sydney e membro do time em Tóquio 2020 + 1, ficou em 22º lugar, Sgnaolin em 39º e André Paro em 47 º. Saulo Tristão foi eliminado no cross-country e a égua Butterfly, montaria de Fabrício Salgado, foi vetada na inspeção veterinária antes da estreia.
Nos Jogos de Londres, Grã-Bretanha, em 2012, o Time Brasil se posicionou em 9º lugar. Na classificação geral o estreante Ruy Fonseca/Tom Bombadill Too ficou em 42º, Marcelo Tosi/Eleda All Black em 44º e Marcio Jorge Carvalho/Josephine em 46º. Guega Fofanoff/Barbara foi eliminado no cross-country.
Nos Jogos do Rio 2016, todos os brasileiros chegaram à prova final de Salto, feito alcançado apenas por mais três equipes. O Time Brasil ficou em 7º lugar e foi formado por Marcio Carvalho Jorge/Lissy Mac Wayer, Ruy Fonseca/Tom Bombadill Too, Carlos Eduardo Parro/Summon Up The Blood e Marcio Appel/Iberon Jmen. Na classificação geral, Parro ficou em 18º, Marcio Jorge ficou em 25º lugar e o estreante Marcio Appel em 39º. Ruy Fonseca foi eliminado devido a uma queda na prova de Salto.
Time Brasil nos Jogos de Tóquio
Pela primeira vez, as equipes de hipismo contam somente com três atletas sem direito a descarte. Lembrando que anteriormente, as equipes contavam com quatro atletas e havia descarte do pior resultado. O diferencial é que a partir de agora, o conjunto alternativo (reserva) pode ser escalado até duas horas do início das respectivas provas se houver um problema veterinário com outro integrante da equipe.
Carlos Parro, Marcelo Tosi, ambos com vasta experiência olímpica, ao lado do estreante em Jogos Olímpicos Rafael Losano formam a equipe titular e o cavaleiro reserva (alternativo) é Marcio Appel, que disputou sua primeira Olimpíada na Rio 2016. As provas de adestramento e salto acontecem no Parque Equestre Baji Koen e o cross-country no Sea Forest Cross Country Course.
CARLOS EDUARDO PARRO
Cavalo: Goliath
Data de nascimento: 05/06/1979 – Colina, SP
Residência: Cheshire, Inglaterra
Onde treina: Harthill Stud, Cheshire, Inglaterra
Participações internacionais de destaque: Olimpíadas Tóquio 2020 + 1, Sidney 2000 e Rio 2016 e reserva em Atenas 2004 e Londres 2012. Pan-americano do Rio 2007, Toronto 2015 e Lima 2019. Jogos Equestres Mundiais de Roma 1998, Jerez de La Frontera 2002 e Aachen 2006.
Principais conquistas: prata (equipe) e bronze (individual) no Pan de Lima 2019, prata (equipe) no Pan de Toronto 2015, bronze (equipe) no Pan do Rio 2007; ouro (equipe) no Campeonato Sul-americano de CCE 2001 no Brasil. Prêmio Brasil Olímpico (COB) em 2019 e 2016.
MARCELO TOSI
Cavalo: Genfly
Data de nascimento: 14/08/1969 – Piracicaba, SP
Onde reside e treina: Marcelo Tosi Equestrian – Jaboticabal
Participações internacionais de destaque: Olimpíadas de Tóquio 2020 + 1, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, técnico nos Jogos de Sidney 2000 e assistente técnico em Atenas 2004. Pan-americano de Winnipeg 1999, Guadalajara 2011, Toronto 2015, técnico da equipe bronze no Pan de Santo Domingo 2003 (Fair Hill/EUA). Jogos Equestres Mundiais de Roma 1998, Normandia 2014 e Tryon 2018.
Principais conquistas: Prata (equipe) no Pan de Winnipeg 1999; bronze (equipe) no Pan do Rio 2007; bronze (equipe) no Pan de Guadalajara 2011; prata (equipe) no Pan de Toronto 2015; prata (equipe) no Pan de Lima 2019. Campeão sul-americano de 2001. Hexacampeão Brasileiro Sênior. Prêmio Brasil Olímpico/COB 2001 e 2013. Tetracampeão do Prêmio Hipismo Brasil da CBH.
RAFAEL MAMPRIN LOSANO
Cavalo: Fuiloda G
Data de nascimento: 10/10/1997 – Rio Claro, SP
Onde reside e treina: Swindon – Centro de Treinamento Mark Todd Eventing – Inglaterra
Participações internacionais de destaque: circuito internacional em CCI de 1*, 2* e 3* a partir de 2015 com vitórias nas provas de Dauntsey (2017) e Barbury (2018); reserva no Pan de Toronto 2015.
Principais conquistas: em 2011 foi Campeão de Hipismo Rural no Salto e no CCE, destaque do Adestramento e vencedor do Troféu Maurício Zangrande conferido ao maior pontuador do ano entre todas as modalidades de Hipismo; em 2012 foi bicampeão de HR no Salto e Adestramento, destaque do Salto na temporada e troféu Cavaleiro Completo; em 2013 foi Campeão Brasileiro de CCE/Graduados; em 2014 foi Campeão Brasileiro Young Riders, campeão do CCI** de Pirassununga e Campeão Paulista de CCE 1*, Júnior, Young Rider e Sênior. A partir de 2015 se transferiu para a Inglaterra passando a competir no circuito internacional em CCI de 1*, 2* e 3* com vitórias em provas em Dauntsey (2017) e Barbury (2018). Rafael Integrou a equipe base da Seleção Brasileira Permanente de CCE de 2012 a 2016 e é atleta profissional e integra o time Mark Todd Eventing.
MARCIO APPEL
Cavalo: Iberon JMen
Data de nascimento: 01/01/1979 – Campos do Jordão,SP
Onde reside e treina: São Paulo – Clube Hípico de Santo Amaro
Participações internacionais de destaque: Olimpíadas do Rio 2016, Jogos Equestres Mundiais de Tryon 2018 e reserva nos Jogos Pan-americanos de Lima 2019.
Principais conquistas: Prata no Aquece Rio 2015, evento-teste dos Jogos Olímpicos; Campeão do Poplar Place Horse Trials nos EUA 2016; reserva no time medalha de prata no Pan de Lima 2019. No Brasil, no CCE e na categoria Sênior foi Campeão Brasileiro em 2019 e vice-campeão Brasileiro em 2015. No Adestramento foi Campeão Brasileiro Amador 2016.
Técnico: Ademir Oliveira
Chefe de equipe: Julie Purgly
Veterinário: Paulo Eduardo Limongi
PROGRAMAÇÃO CCE NOS JOGOS DE TÓQUIO (atenção ao fuso / dia BSB)
Quinta-feira, 29 de julho
Concurso Completo de Equitação (CCE) 1ª inspeção veterinária
Fuso Japão – 9h30 – 11h30
Fuso BSB – 28/7 – 21h30 – 23h30
Sexta-feira, 30 de julho
CCE – Adestramento Equipes e Individual Dia 1
Fuso Japão – Sessão 1 – 8h30 – 11h00 e Sessão 2 – 17h30 – 20h10
Fuso BSB – Sessão 1 – dia 29/7 – 20h30 – 23h00 – Sessão 2 – 30/7 – 5h30 – 8h10
(44 participantes)
Sábado, 31 de julho
CCE – Adestramento Equipes e Individual Dia 2
Fuso Japão Sessão 3 – 8h30 – 11h00
Fuso BSB – 30/7 – 20h30 – 23h00
(21 participantes)
Domingo, 1 de agosto
CCE Cross Country Equipes e Individual
Fuso Japão – 7h45 – 11h10
Fuso BSB – 31/7 – 19h45 – 23h10
(65 participantes)
Segunda-feira, 2 de agosto
CCE Salto Final Equipes e Individual
Fuso Japão 17h00 – 19h35 e 20h45 – 21h45
Fuso BSB 5h00 – 7h35 e 8h45 – 9h30
Cerimônia de Premiação Equipes
Cerimônia de Premiação Individual
(25 participantes)
Colaboração: Carola May e Rute Araújo; fotos: Luis Ruas / Hipismo Brasil
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