Calcanhar pra baixo, corpo pra traz, abaixa as mãos, senta na sela

A descida do calcanhar dá maior aderência à barriga da perna

Quem que começou a praticar hipismo e não ouviu esses berros, básicos em todos os treinadores, eu que comecei tarde então, escuto até hoje.

O que mais me pega é o “calcanhar para baixo”, no futuro certamente falarei dos outros.

Na minha humilde opinião, seria o mesmo que dizer “se apoia no estribo”, até porque para ficar com o calcanhar para baixo é necessário apoiar.

Aí pensei, se é para apoiar, do que importa o calcanhar estar para baixo?

Mas, como gosto de ler me lembrei do “Manual de Equitação da Federação Paulista de Hipismo” escrito por nada menos que o DR. Enio Monte, um dos grandes nomes do hipismo nacional, não como competidor, mas como o criador da raça BH – Brasileiro de Hipismo, AB – Andaluz Brasileiro, bem como um dos principais incentivadores da evolução do PSL – Puro Sangue Lusitano no Brasil.

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Sempre que pude, ficava ao seu lado nas provas de hipismo escutando suas histórias.

Dr. Ênio sempre me dizia que o melhor cavaleiro que viu foi o Alfinete, para quem não sabe, pai do Reynoso, a quem o Dr. Ênio dizia montar muito bem, mas o pai…

Segue o que “pesquei” no Manual:

Soleira do estribo perpendicular ao corpo do cavalo

O cavaleiro deve apoiar o pé sobre o estribo pelo terço anterior e interior do pé (grande artelho), junto ao aro interno do estribo.

A soleira do estribo deve ficar levemente inclinada para a frente, de modo que o aro externo do estribo fique próximo da ponta do pé.

O apoio sobre o grande artelho permite que o tornozelo conserve toda sua flexibilidade e permite que a perna fique mais próxima do cavalo.

Isso ocasiona uma pequena torção do pé, ficando a soleira do estribo e a sola da bota ligeiramente voltadas para o exterior (facilitada pelo uso de estribos compensados).

O calcanhar deve ficar mais baixo que a ponta do pé, atuando assim como amortecedor dos movimentos.

Para que este apoio seja mais eficaz, a ponta do pé deve ficar ligeiramente voltada para fora em ângulo de mais ou menos 30º, assim a soleira do estribo ficará perpendicular ao corpo do cavalo, tornando o apoio perfeitamente elástico e deixando a barriga da perna naturalmente em contato com o ventre do cavalo.

No entanto, para que o joelho não se afaste da sela, o ângulo de abertura do pé em relação ao eixo do cavalo nunca deve ir além de 45º

Perna

A descida do calcanhar dá maior aderência à barriga da perna

A posição da perna depende diretamente do comprimento do estribo e da forma como o pé se apoia no mesmo.

Quando o loro estiver na vertical e o estribo corretamente calçado, a perna ficará um pouco inclinada para trás, aderindo ao ventre do cavalo pela parte interna da barriga da perna, logo atrás da cilha.

Esta aderência é maior pelo abaixamento do calcanhar, ligeira abertura do bico do pé, do apoio do artelho sobre a parte interna do estribo e a soleira do estribo e sola da bota levemente inclinadas para fora (ideal com estribos compensados).

Sobre o autor

Praticante de hipismo com início tardio, fundador com Site Clube do Hipismo, pai e avô de atletas e praticantes.

Marco Vidal  – LinkedIn clique aqui

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